O fim da vida

O fim da vida

Mas desejo, com toda a sinceridade, quer vá ou fique, que possa inspirar algumas vidas com a alegria que agora tenho. Por muitos anos, tenho sido abundante na fé, rica da confiança inabalável de que era amada por meu Deus e Salvador. Mas alguma coisa estava faltando, estava sempre tateando em busca de uma graça misteriosa, cuja falta, muitas vezes, fazia-me sofrer em meio à alegria mais sagrada; imperfeita, quando mais ansiava pela perfeição. Era aquele amor individual por Cristo de que minha preciosa mãe falava comigo tantas vezes e que sempre me incentivava a buscar de joelhos. Se eu entendesse, naquela época, como entendo agora, o que esse tesouro inestimável pode ser para a alma humana e pecadora, venderia tudo o que tinha para comprar o campo onde ele estava escondido. Mas só quando fui encerrada para oração e estudo da Palavra de Deus pela perda das alegrias terrenas, a doença destruindo o sabor de todas elas, comecei a compreender o mistério que se aprende sob a cruz. E, por mais maravilhoso que seja, como é simples este mistério! Amar a Cristo e saber que o amo — isso é tudo!


Quando tomei posse dos deveres sagrados — embora muitas vezes deveres domésticos, da vida de casada —, se esse amor fosse meu, como essa vida teria sido alterada! As falhas insignificantes de meu marido, que me irritavam, não teriam me dominado; eu teria recebido bem Martha e o pai em minha casa e os feito felizes ali; não teria criado confusão com meus empregados, nem mostrado irritabilidade com meus filhos. Pois não teria sido eu a falar e a agir, mas Cristo que vivia em mim. 


Ai de mim! Tive menos de sete anos para expiar um passado pecaminoso e perdido e viver uma vida nova e semelhante à de Cristo. Se tiver ainda mais, graças sejam dadas a ele, que me deu a vitória, essa vida será amor. Não o amor que se firma na contemplação e adoração a seu objeto, mas o amor que alegra, adoça e consola outras vidas.


Dom dos dons, a graça da fé!

Ó Deus meu, como é possível

Que tu que tens amor que discerne

Pudesses me dar um dom tão incrível!


Como podias ter encontrado

Corações mais inocentes que o meu

Sim, quantas almas muito mais dignas

Sim, desse toque tão doce, que é o teu.


Oh! graça que em corações improváveis

Tu te glorias de ali adentrar

E te orgulhas de achar tua luz

Nos corações mais escuros um lar.


O quão feliz, quão feliz hei de ser

Se é possível que sejas, oh! fé!

Esse tesouro que és nessa vida

Quão mais preciosa se a morte vier


Esse é um trecho do livro Caminhando para o Céu.


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